quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013


Esbarramos por aí. Sorrimos. Perguntei se estava tudo bem, se ela o fazia feliz; respondeu que sim. Trocamos mais alguns olhares, e seguimos nossos próprios rumos. Foi simples assim. Ele não disse que estaria mais feliz comigo, da mesma maneira que eu não desejava ser a pessoa que o faria feliz. Esta é a vida real, nada é pra sempre. Bem, talvez aquele sentimento estranho que chamamos de amor, seja. Mas creio que eu não tenha sorte para encontrá-lo - ou tenha muita, por isso.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Ah, minha história não tem título, também!


Já estou há alguns minutos aqui, olhando para a tela do notebook. Sem pensar, sem sentir. É um vazio muito conhecido por mim. Aquele que eu tento manter distância. 
Escrevi, apaguei, reescrevi, deixei em branco. Estou há horas no mesmo circuito. Procurando respostas dentro de mim; Mas a verdade é, que não as quero. Tudo tem um limite, e sinto que já estourei o meu há muito tempo. 
Cansei de brincar com a minha vida, com os meus sentimentos. Cansei de me submeter à vícios, apenas para escalar o poço; e ao fim, tropeçar, me afogando novamente, apodrecendo no fundo. Cansei de punir a mim mesma. 
Eu só quero um pouco de paz. A paz que, outrora, evitei. A mesma paz que pensei que iria encontrar nos últimos dias, onde houveram apenas turbulências.
E agora, aqui, com meu corpo, alma e mente cansados, fecho os olhos e imagino que estou com os pés no mar... Sinto a brisa tocar meu rosto e a liberdade tomar conta do meu coração.
...
Adormeci por algumas horas, sonhei com magia e aventura. A fantasia é meu paraíso. O drama faz parte de mim. Pesadelos são sonhos. Me divirto com os altos e baixos; minha mente faz com que eu visite lugares inimagináveis. 
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Acreditem, acordei bem. Parte de mim se reergueu. Entreguei-me aos meus medos mais profundos, e agora estou livre. Livre como sempre sonhei, e em paz. 
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Leio muitos livros de fantasia, assisto muitos filmes também. E muitas vezes desejo que minha vida seja igual a dos personagens. O que eu nunca havia percebido, é que ela é. Bem, não exatamente. Mas nas possibilidades da realidade, tenho tudo à minha frente. Reclamo do sofrimento, mas desejei por ele. Só falta mesmo o herói, que acabará com meus problemas. E confesso: Sei onde ele está.
Nunca gostei de ser uma cópia. Acho que todos temos personalidade, e não devemos ter medo de mostrá-la e aperfeiçoá-la. Teremos influências, mas a história deve ser nossa. E a minha é assim: Para encontrar o herói, basta ir à frente de um espelho, sorrir e libertar a alma. 

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Afogada.


Pior do que não ter história; é ter e descobrir que ela fora uma grande mentira. É o mesmo que concluir que seu poema favorito foi inspirado em um sanduíche... Inevitável não se sentir um lixo, não se sentir idiota. 
Eu poderia citar inúmeros motivos para explicar a razão de tanta mentira, mas no fim das contas, chegaria sempre ao mesmo ponto: Egoísmo. Seja mentir para não magoar o próximo, ou para "salvar" alguém, nossos interesses sempre estão envolvidos. 
A verdade só tem uma face, é perigosa e valiosa; deve ser por isso que a escondemos por trás de mentiras. É mais fácil viver uma ilusão, do que encarar a realidade e crescer como humano. O engraçado é que muitos tentam mentir para si, e o irônico, é que conseguem. Por um momento, vivem o melhor dos dois mundos, mas no fim, terminam enforcados nas próprias palavras. 
Digo e repito: Melhor se molhar com a verdade, do que se afogar em um mar de mentiras. Toda a grande catástrofe floresce de um pequeno erro. E todo o pequeno erro nasce de uma mente insana, que finge viver uma linha perpendicular nas curvas do próprio ego.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013


Gosto da sensação de paz e liberdade. Do silêncio do amanhecer, do barulho do mar, do conforto de uma rede, do brilho de um luar. Não abro mão: do gostinho do chocolate, de um banho de chuva, de um abraço apertado. Preciso de um refúgio, um sinal de esperança e um sorriso de criança. Não me separo do papel&caneta, de uma boa música e de uma câmera. - Gosto de capturar os momentos; lembrar a mim mesma do importante, se um dia esquecer. - Acho que sei unir a simplicidade ao mundo moderno. Não gostaria de ter nascido no passado, ou, quem sabe, na próxima geração. Estou no tempo certo, onde deveria estar. Sou quem sou, mas não sei o que posso me tornar. Já lutei pela perfeição, hoje luto pelos pequenos detalhes. Os erros mínimos, que fazem cada um especial. A escolha entre o agito ou a tranquilidade; entre a natureza ou a área urbana; e a mais complicada de todas, a escolha entre ser ou fingir

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

She Will Be Loved

Eu poderia escrever um livro sobre a nossa história. Contar do primeiro beijo, do primeiro adeus, do primeiro coração partido. 
Um sorriso brotaria em meu rosto ao descrever a primeira vez que te vi. Como te achei estranho, e claro, por este motivo que chamaste minha atenção. Engraçado mesmo, foi quando descobri teu "nome", e como ficava nervosa cada vez que o ouvia. Queria te conhecer, descobrir o que havia por trás do teu olhar, do muro que te protegia
Lembro do dia em que conversava com um amigo, sentada na areia, e disse: "Esse homem ainda será meu". Eu mal te conhecia, sim, e tu nem imaginavas minhas intenções; mas algo dentro de mim, sentia que era hora de arriscar. Estive esperando tanto tempo por alguém igual a ti, que quando encontrei, não queria deixar escapar. 
Dou risada ao lembrar, que após o primeiro beijo, dei pulos de alegria, como uma criança feliz. Ou, quando eu me esforçava para fingir desinteresse, apenas para ver o quanto tu te importavas. Eram manias bobas, infantis, e até mesmo vergonhosas, mas é isso que um coração apaixonado faz quando está assustado. 
Dói pensar na parte da história em que começam os problemas, os meus, os teus, os nossos. O capítulo triste, onde nasceram os mal entendidos, o julgamento, o medo. Quando eu quis fugir. E tu não foste atrás. 
Talvez, a coisa mais linda que já li em toda a minha vida, foi "Tu pode fugir, mas eu estarei aqui te esperando, quando tu quiser voltar." O que não entendo é, onde eu errei? Pois ao retornar, não havia nada além de ilusões, mentiras e corações partidos. Era tarde, as rotas confusas de meu coração causaram um acidente, resultando no grande atraso. 
Sofri ao cair na realidade, ao sair do conto de fadas, do filme americano. Acho que no fundo, eu imaginava isso mesmo, uma vida utópica. Aquela em que eu encontraria alguém que abrisse mão de tudo por mim, que estivesse à minha espera. E a única coisa que consegui trazer para a vida real, foi a história da típica garota apaixonada, não correspondida, que sofre amargamente. Não haviam príncipes, nem sapos. Não haviam lágrimas. Não havia mais nada
...
Era um dia tão comum, tão inesperado, quando vieram me acordar. Quando a Luiza que sempre conheci, veio me dizer que estava na hora de levantar, de seguir. Quando ela, surpreendentemente, falou que me amava mais, que eu merecia ser feliz novamente; mas, que nada iria acontecer se eu não saísse da cama. 
...
Já quis te dar um tiro, e depois me jogar na frente. Desejei profundamente ser tua musa, aquela que tu dedicaria a música da tua vida. Não conseguia me ver com ninguém além de ti, achei que tu eras único. E foste. Porém, percebi que todos os seres humanos são.
As pessoas costumam dizer: "O fulano foi apenas um capítulo da minha vida". Sou obrigada a discordar, ao pensar em nós, em mim. Nós fomos um livro, o qual escrevemos juntos. E todo o livro tem um fim. Um capítulo final, onde são encontradas as respostas.
E é por este motivo que resolvi vir aqui hoje, e falar de nós dois. Pois, finalmente, decidi escrever o último capítulo. O último parágrafo. Aquele em que geralmente há uma frase impactante, que define uma vida. E esta é a minha: Always belonged to someone else.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013


É necessário fechar os olhos.
Calar a boca.
E até mesmo, não ouvir.

É necessário abrir o coração.
Sentir.
Obedecer a intuição. 

Andar sem rumo, sem direção.
Guiada por instintos, 
perseguida por sentimentos.

Sou como o vento, sou livre.
Também, solitária,
mas como ele, sempre por perto.