quarta-feira, 29 de junho de 2011

Desabafo

Algo estranho preenche meu peito nestes dias sombrios. Uma angústia, um ódio desconhecido, e um desejo de ferir. Evito-os, mas enquanto estou vulnerável, torna-se impossível.
Nunca imaginei viver tal situação, atormentava-me. E hoje sinto que estou em um pesadelo. Machucar? Não sou tão forte para isso, mas admito, que fui tentada muitas vezes a cravar algo em meu peito. Sozinha, pensando que não haveria onde descansar, desisti. Entreguei os pontos a vida.
Com medo, não confiei em meus amigos. Pensei que eles me julgariam de tal maneira que os perderia. Enquanto escrevo pressinto que vocês me julgam também, mas de fato isso não me importa mais. 
Ainda em busca da esperança, desabafei com pessoas que sei que estarão lá por mim, e senti que, cedo ou tarde, terei de levantar e encontrar o que procuro. Com tudo que vivi, aprendi que nada melhor que um amigo verdadeiro. Que hoje, sim, está difícil encontrarmos, porém devemos dar valor e abrir os olhos a nossa volta, pois há muitos que dariam suas vidas por nós.
Não escrevi tal texto para fazer drama, para que sintam pena de mim. Escrevi para agradecer àqueles que por mim oraram; Que derramaram lágrimas ao meu lado; Que me abraçaram e falaram: "Você é forte, acreditamos que podes vencer"; Que um dia me disseram que sou especial. Porque nada melhor que ouvir que és importante, não?
Então amigos, obrigada por serem quem são. Sabem o que fiz, e devem entender que sem sua ajuda eu teria perdido, me renderia. Foram vocês que me mantiveram em pé, e ao olhar seus olhos pensei: Como fui tola, pensei não ter nada, e enfim o amor demonstrou-me que tenho tudo.

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