terça-feira, 15 de abril de 2014

Você não vê?

E cá estou, mais uma vez, escrevendo sobre nós. Melhor: sobre mim e sobre você, pois "nós" não existe mais, e há momentos em que penso que nunca existiu.
Sempre fui eu, e sempre será. A primeira, ou única, a se apaixonar; que permaneceu onde está, esperançosa, com o sorriso partido, o coração adormecido; que priorizou, mas não foi priorizada; a segunda opção. 
...
Não tenho o poder, e nem o direito, de mudar algo. Não quanto a isso. Tenho mesmo é que assistir, aceitar, e sorrir. E é o que faço, mesmo que a dúvida atormente minhas noites, mesmo que a falta do ponto final machuque a cada tentativa de cicatrização. Apenas tentativas.
Meu coração anseia por respostas, mas o vazio é a única coisa que recebo. E mesmo com o novo tornando-se presente, você insiste em permanecer. Mesmo com o passado para trás, você segue acompanhando meus passos. Você, ou a história mal resolvida?
Conforta-me saber que se o ponto final não depende só de mim, talvez eu não tenha escrito tudo sozinha. Talvez, por menor que seja, um pedaço de você tenha se dedicado em algum momento; afinal, você era o meu desafio, e uma cópia. Em toda a minha vida, nunca vira uma pessoa com uma casquinha de gelo tão forte quanto a que me protege, e serei eternamente grata por ter tido a chance de rachá-la, ao menos. 
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Gostaria de te fazer feliz, mas não posso, e quando tive a chance, a desperdicei. É tão clichê, mas você foi a pessoa certa, na hora errada. Uma hora que eu gostaria de esquecer. Talvez, eu devesse te esquecer; talvez, eu até consiga. A questão é que não quero, sou teimosa. 
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Hoje, resolvi quebrar minha casquinha de gelo, e lhe contar a verdade "você sempre será parte de mim". Uma verdade que, possivelmente, me liberte. É por este motivo que vivo, para ser livre. Livre para dançar, sorrir, conhecer pessoas, lugares, ideias, gritar ao mundo que eu quero ser feliz, que eu mereço ser feliz, com você ou sem você! 

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