domingo, 1 de junho de 2014

Histórias.

Amo escrever, desde que aprendi o sentido que as letras têm quando unidas. Lembro que, ao invés de assistir televisão ou brincar de boneca, gostava de criar histórias, modificar os clássicos e, até mesmo, escrever palavras avulsas, jogando com elas.
São lembranças como estas que mantêm a chama acesa. Aquela chama que, em alguns momentos, faz com que a voz grite "você nasceu para contar histórias, e, principalmente, para vivê-las." Desejos profundos, que só meu coração conhece, protegidos em uma zona segura, onde ninguém acessa.
Não, há acesso, sim, há. As palavras conseguem, são a chave. É por elas que me liberto, é através delas que todos nós encontramos um lar, mas é, também, por elas, que muitos corações são partidos. Ou, com a falta delas. E sim, estas pequenas, porém preciosas, "letras unidas", já me machucaram, e a falta delas também. A diferença é que eu vi seu lado bom, como faço com qualquer ser humano. E para mim, há mais vida em uma história - até mesmo contos de fadas-, do que em um próprio ser.
São estas histórias, "viajadas", que mantêm meus pés no chão. Creio que são uma das únicas chances que temos de sentir a magia, e talvez, encontrar o amor. Sim, acredito nele, como acredito em mágica. Existe em todos nós, a questão é que alguns não querem ver, e muitos já desistiram. Mas há esperança, aquela que preenche meu corpo quando abro um livro, ou escrevo o que sinto. Pois, se a menina protegida por muros consegue entregar o coração a um papel, por que não a alguém?

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