segunda-feira, 9 de junho de 2014

Toda a mágica tem seu preço.

Toda a mágica tem seu preço. Aprendi isso assistindo a um seriado na TV; e por tanto repetirem a frase, acabei passando a acreditar nela. Mentira, acreditei porque, através de minhas experiências, vi que era a verdade.
Meu pai sempre diz que não posso abraçar o mundo, mas a vontade de sentir um pouco de tudo, deixam meus braços possíveis disso, porém, não fortes para isso. Quis ter tudo, e acabei sem nada. Descobri que era necessário sacrificar algumas coisas, para o meu próprio bem, para o bem geral. Pois amar é libertar, viver é ser livre, ser livre é escolher. E escolha não é seguir os dois caminhos, apenas um.
Outra coisa que meu pai repete, "você precisa viver mais no mundo real, nem tudo é fantasia"; nisso devo discordar dele, e, ao mesmo tempo, concordar. Vivo meu conto de fadas da maneira que quero, faço o que quero, mas por viver tanto neste "mundo", esqueço o que há aqui fora. Tenho a mágica que desejo, mas pago um preço por isso. O preço de não ter experiências reais, com pessoas reais. A questão é que no fim das contas, eu sempre encontro uma forma de sentir o gostinho da realidade; engraçado, não é? Há momentos em que realmente sinto ter o melhor dos dois mundos.
É, talvez eu tenha, e sei disso porque paguei um preço. O preço de andar só, de abençoar amigos na jornada, mas seguir minha caminhada com a solidão. Não reclamo, gosto dela; o problema é o medo, o medo de, por muito andar equilibrada entre dois mundos, alguma hora desequilibrar e cair; sem ter alguém que segure minha mão.

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